Reuniões promovidas pelo Desenvolvimento Regional aconteceram, em formato on-line, nas sub-regiões de Cruzeiro, Guaratinguetá, Taubaté, São José dos Campos e Caraguatatuba.

São Paulo, 15/10/2021 − A Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (RMVPLN), integrada por 39 municípios, realizou este mês uma maratona de cinco oficinas regionais − nos dias 5/10 (Cruzeiro), 07/10 (Guaratinguetá), 08/10 (Taubaté), 14/10 (São José dos Campos) e 15/10 (Caraguatatuba) − para discutir com as prefeituras e entidades da sociedade civil a elaboração do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI) da região.

As oficinas regionais são coordenadas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional (SDR), em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e apoio dos municípios e da Agência Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (AgemVale).

As reuniões, que integram o Projeto de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, foram bastante concorridas e contaram com a presença de prefeitos, secretários municipais, representantes da sociedade civil e de instituições regionais. Segundo o Secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, a proposta “é contribuir com o planejamento regional, com o desenvolvimento socioeconômico e melhorar a qualidade de vida dos habitantes das novas regiões”.

Na última das cinco oficinas da RM Vale do Paraíba e Litoral Norte, realizada em Caraguatatuba,a coordenadora técnica do projeto, Rovena Negreiros, fez um balanço positivo das oficinas e destacou a importância do trabalho conjunto na construção do PDUI da região. Ela explicou que os documentos apresentados nos encontros ainda são preliminares e que as avaliações, sugestões e críticas dos municípios serão muito bem-vindas. Informou que, ainda nesta semana, os documentos estarão disponíveis na plataforma digital a ser disponibilizada para cada unidade regional. 

Debates e contribuições

A sub-região de Cruzeiro abriu o calendário de oficinas da RM Vale com uma reunião bastante concorrida, embora tenha sido em formato on-line para atender aos protocolos de prevenção da Covid-19. O presidente da Agência Metropolitana do Vale (AgemVale), Sérgio Francisco Theodoro, iniciou os trabalhos, que contaram com a presença do prefeito de São José do Barreiro, Alexandre de Siqueira Braga, presidente do Conselho de Desenvolvimento da RM Vale.

Em vídeo, o secretário Marco Vinholi e o coordenador geral do projeto, Andrea Calabi, deram as boas-vindas aos participantes. O ex-ministro da Saúde e ex-prefeito de Piracicaba, Barjas Negri, prestigiou os eventos.

Em cada um dos encontros virtuais, a coordenadora regional do PDUI, Zoraide Amarante, junto com os demais membros da equipe técnica, apresentou um panorama regional e os avanços no processo de construção do macrozoneamento da RM Vale. Reunidos em duas salas, os participantes trataram de temas socioeconômicos, urbanos e ambientais e elencaram demandas e prioridades para a região.

Foi destacada a importância do desenvolvimento socioeconômico sustentável da região, com ênfase em suas vocações, como polo tecnológico e de turismo histórico, cultural e costeiro, em toda sua cadeia, e no setor agropecuário, em bases ecologicamente sustentáveis. Questões ambientais estiveram na ordem do dia, uma vez que a região é muito rica em ativos, a exemplo dos Parques da Mantiqueira, da Serra do Mar, da Bocaina, de Ilhabela, entre outras áreas de preservação da região.

Outro tema discutido foi o transporte coletivo na região, que apresenta maior qualidade e facilidade de deslocamento nos municípios do eixo da Dutra, tornando-se deficitário nos municípios fora desse eixo. Nesse contexto, foi levantada a necessidade de se discutir alternativas de transporte de massa, a exemplo do transporte ferroviário para a região.

No tema saúde, os participantes salientaram o fato de Taubaté e São José dos Campos apresentarem grande fluxo de atendimentos, uma vez que seus hospitais são referência para os municípios mais distantes. No tema educação, foi destacada a importância da qualificação para o pequeno empreendedor. Diante da disparidade de oferta de equipamentos educacionais entre os municípios, suscitaram distribuição equitativa, de modo a atender as cidades menores e mais distantes do eixo da Via Dutra.