A Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte(RMVPLN), criada pela Lei Complementar 1.166, de 9 de janeiro de 2012, é constituída por 39 municípios, distribuídos em cinco sub-regiões, com sedes em São José dos Campos, Taubaté, Guaratinguetá, Cruzeiro e Caraguatatuba.1

Sub-região 1: Caçapava, Igaratá, Jacareí, Jambeiro, Monteiro Lobato, Paraibuna, Santa Branca e São José dos Campos.

Sub-região 2: Campos do Jordão, Lagoinha, Natividade da Serra, Pindamonhangaba, Redenção da Serra, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São Luiz do Paraitinga, Taubaté e Tremembé.

Sub-região 3: Aparecida, Cachoeira Paulista, Canas, Cunha, Guaratinguetá, Lorena, Piquete, Potim e Roseira.

Sub-região 4: Arapeí, Areias, Bananal, Cruzeiro, Lavrinhas, Queluz, São José do Barreiro e Silveiras.

Sub-região 5: Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.

A população da RMVPLN, de 2,5 milhões de habitantes (SEADE, 2020), e seu PIB, de R$ 136 bilhões (SEADE, 2018, em reais de 2020), representam 5,6% das médias estaduais. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) (0,781) está próximo da média estadual (0,783), considerado alto (IPEA/PNUD, 20142).

A RMVPLN é uma das regiões com ocupação humana, do período colonial português, mais antiga no Estado de São Paulo. A expansão da cultura cafeeira, com base na mão de obra escrava do final do século 18, fez da região uma das principais produtoras de café. Com área total de 16.180,94 km², caracteriza-se pela alta diversidade produtiva – industrial e agropecuária – e pelo alto potencial turístico e histórico.

A situação geográfica da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte – localizada entre os dois maiores centros produtores e consumidores do Brasil e as facilidades de acesso representados, principal e inicialmente, pela Rodovia Presidente Dutra e, depois, pelas rodovias Ayrton Senna, Governador Carvalho Pinto e Dom Pedro I – foram fatores decisivos para a industrialização e o avanço tecnológico do Vale do Paraíba.

Caracterizada pela alta diversidade produtiva, especialmente industrial, e pelo alto potencial turístico, a região está estrategicamente situada entre as duas regiões metropolitanas mais importantes do país: São Paulo e Rio de Janeiro.

Abriga um dos mais modernos complexos aeroespaciais do mundo, que tem como núcleo a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), e um conjunto de centros de pesquisa de alto nível, como o Centro Tecnológico da Aeronáutica (CTA), o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Ocorrem em seu território atividades de refino de petróleo, produção de automóveis e de equipamentos de transporte, bem como de papel e celulose. A região abrange oito dos 12 polos de desenvolvimento criados pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico para incentivar os setores produtivos da região: automotivo; biocombustíveis; derivados do petróleo e petroquímicos; metal-metalúrgico, máquinas e equipamentos; papel, celulose e reflorestamento; químico, borracha e plástico; saúde e farma; e têxtil, vestuário e acessórios.3

A RMVPLN possui importantes centros de ensino e pesquisa públicos e privados, além dos já citados: os campus da Universidade de São Paulo (USP − Escola de Engenharia de Lorena), Universidade Estadual Paulista (Unesp − Instituto de Ciência e Tecnologia de São José dos Campos e a Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp − Instituto de Ciência e Tecnologia de São José dos Campos), da Universidade do Vale do Paraíba (Univap), da Universidade de Taubaté (Unitau), da Universidade Paulista (Unip), entre outros.

Apresenta cenários regionais distintos, compostos pela área de maior desenvolvimento − conhecida como a Calha do Vale (do Rio Paraíba do Sul) −, que compreende o eixo da Rodovia Presidente Dutra, com uma estrutura produtiva complexa, caracterizada pela alta inserção tecnológica e pelas áreas de expressiva atividade turística, litorânea e serrana, além de municípios com tradição histórica e religiosa.

Tem um rico patrimônio ambiental, com presença de várias unidades de conservação de proteção integral e uso sustentável, e outros remanescentes de florestas nativas, prestando relevantes serviços ecossistêmicos de preservação da biodiversidade, produção de água e regulação do clima.

A RMVPLN tem sido objeto de importantes projetos de restauração de áreas degradadas e de pagamento por serviços ambientais, de projetos e programas como o Nascentes4  o Conexão Mata Atlântica5, ambos coordenados pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo.

Indicadores

Estado de SPRMVPLN% do Estado
Área (km²)*248.219,9416.177,946,52
Densidade demográfica (hab/km²)*180,86154,91NA
Grau de urbanização (%)*96,5694,77NA
Índice de envelhecimento (anos)*83,8880,84NA
PIB 2018 (em mil R$ de 2020)*2.416.052,90135.986,265,63
PIB per capita 2018 (em mil R$ de 2020)*52,7054,62NA
População 2021 (hab)*44.892.912,002.506.181,005,58
IPRS 2018 (riqueza)*4440 NA
IPRS 2018 (longevidade)*7271 NA
IPRS 2018 (escolaridade)*5355 NA
IDHM 2010**0,7830,781 NA

*Fonte: SEADE (http://perfil.seade.gov.br/, acesso em 25/10/2021).
**Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano das Regiões Metropolitanas do Brasil, PNUD/IPEA, 2015, com base em IBGE, 2010 (https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&id=25729, acesso em 25/10/2021).